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A nanociência está sendo considerada como um dos mais fascinantes avanços nas tradicionais áreas do conhecimento. Ela nos fornece, entre outras coisas, a chave para o entendimento da auto-organização dos sistemas vivos da natureza. A sua aplicação, a nanotecnologia, promete ser uma nova e vibrante revolução industrial, fornecendo o entendimento, a produção, o controle e o uso da matéria estruturada no nível atômico e molecular, ou seja, a dimensões de 1 a 100 nanometros, onde fenômenos de natureza quântica permitem novos e revolucionários rumos. Um nanometro, cuja abreviatura é nm, equivale a um bilionésimo de metro. Como referência comparativa, o diâmetro médio de um átomo mede 0,2 nm, um vírus tem um tamanho variável de 10 a 100 nm, uma bactéria mede em torno de um milionésimo do metro, ou seja, 1000 nm, e o diâmetro de um fio de um cabelo humano corresponde a cerca de 50 mil nm .
Muito embora o interesse pela nanociência e nanotecnologia (N&N) pareça ser bastante recente, sabemos que ela existe desde quando átomos e moléculas começaram a se organizar em estruturas complexas dando origem à vida. No entanto, considera-se que o seu marco inicial se deu no dia 29 de dezembro de 1959 ocasião em que o Prêmio Nobel de Física Richard Feynman proferiu, na Reunião Anual da American Physical Society (Sociedade Americana de Física) ocorrida no California Institute of Technology (Instituto Tecnológico da Califórnia), em Pasadena-CA, a palestra "There's plenty of room at the bottom" ("Há bastante espaço lá embaixo"). Nesta palestra ele sugeriu que em um futuro próximo a humanidade conseguiria manipular objetos de dimensões atômicas. Como ilustração, Feynman desafiou a comunidade científica a diminuir em 25 mil vezes a página de um livro. Isto tornaria possível condensar, na cabeça de um alfinete, todas as páginas dos 24 volumes da Enciclopédia Britânica, abrindo assim as perspectivas de que muitas descobertas se fariam com a fabricação de