tiros de columbine
1. Resenha – 2. A falta de educação: 2.1. Direito à educação como direito fundamental – 3. A covarde indústria do medo: Mídia – 4. O Direito Penal simbólico – 5. A questão das armas de fogo – 6. Referências bibliográficas
1. Resenha
“(...) Como é fácil adquirir armas nos Estados Unidos! Basta tornar-se um cliente preferencial, com a abertura de uma conta bancária que se adquire um rifle de brinde. Afinal, a qualquer momento um terrorista árabe ou um negro de cara ameaçadora pode invadir sua casa (...).”[3]
O documentário Tiros em Columbine (2003), do cineasta Michael Moore, retrata como foco central o incidente ocorrido na Escola de Columbine, na cidade de Littleton, no Estado do Colorado, EUA, onde dois jovens estudantes entraram na citada escola com algumas armas e muita munição e saíram disparando contra todos, matando 12 alunos e uma professora.
Tiros em Columbine traz a lume assuntos variados, dentre eles, o fácil acesso às armas de fogo,[4] os homicídios realizados por jovens nos Estados Unidos em uma instituição de ensino médio, a intolerância da sociedade norte-americana, e, ainda, o desrespeito, a reação vingativa das pessoas, com intuito de chamar a atenção.
Moore indaga, por diversas vezes, ao expectador sobre os motivos que ocasionam a agressividade entre os jovens. Chega, inclusive, a levantar a questão frente aos jogos de videogame e às músicas de rock.
Mas qual seria o real motivo? O historiador Jorge Nóvoa, em artigo publicado na Revista Eletrônica de Cinema e Audiovisual,[5] faz a seguinte colocação:
“as respostas são múltiplas e na verdade cada ato individual é a síntese de múltiplos fatores histórico-sociais e psicológicos. Alguns atiradores se suicidam após a sessão de crimes em série. Matam crianças e jovens. Muitas vezes são eles mesmos jovens. Jovens sem futuro ou com um futuro traçado pelas guerras a vir. Educados em escolas, mas também pelos vídeo-games [sic] de guerras. Mas matar crianças e jovens é matar a esperança da