Tiririca como “fenômeno” de marketing eleitoral
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Antes de dar início ao texto, fiquei dias imaginando uma definição ideal para “marketing eleitoral”, e a conclusão é que ela não existe. Esse marketing é a conotação da campanha política, não há como justificar sua existência sem o uso da palavra. A “propaganda”, por sua vez, possui dimensões físicas (panfletos, televisão, camisetas, chaveiros). O fato é que, sim, existem diversas empresas de consultoria política especializadas em marketing estratégico eleitoral. A profissionalização das campanhas eleitorais é responsável por “fenômenos” que brotam na mídia, como é o caso do candidato eleito Francisco Everardo. Claro, poucos conhecem o cearense de Itapipoca, mas o produto Tiririca (seu nome artístico) foi, se não o mais, um dos nomes mais comentados desta última eleição. Segundo os princípios básicos do marketing: ninguém vende um produto; o sentimento, a comodidade, e até mesmo o status é que são vendidos. Sendo assim, toda a teatratização configurada sobre o candidato foi a responsável por seu sucesso. Sua despreocupação com o eleitor, diferente dos demais candidatos, e a ausência das tradicionais promessas chamaram a atenção do público; além de agir durante toda a campanha caracterizado como palhaço, tentou mostrar em algumas oportunidades a sua origem e aonde chegou. Toda a cena criada em relação ao candidato proporcionou um efeito ainda maior na forma de pensar do eleitorado. Diversos colegas de sala, amigos e conhecidos anunciaram que dariam o voto ao concorrente como forma de protesto e/ou desmoralização do processo político. Entretanto, se constata uma desinformação de muitos eleitores, que sequer sabem de uma regra proporcional existente: o quociente eleitoral. Ou seja, o deputado eleito Tiririca levará para a Câmara Federal candidatos como Otoniel Lima e Vanderlei Siraque, nomes desconhecidos para a maioria dos que votaram no deputado. As sensações desse "fenômeno" podem ir às profundezas do surgimento de vários candidatos personagens nas