tirantes
Tirantes são elementos lineares capazes de transmitir esforços de tração entre suas extremidades. Nas aplicações geotécnicas de tirantes, a extremidade que fica fora do terreno é a cabeça de ancoragem e a extremidade que fica enterrada é conhecida por trecho ancorado e designada por comprimento ou bulbo de ancoragem. O trecho que liga a cabeça ao bulbo é conhecido por trecho livre ou comprimento livre. A Norma Brasileira "NBR-5629/77 - Estruturas Ancoradas no Terreno, Ancoragens Injetadas no Terreno", bem como a sua revisão a "NBR-5629/96 - Estruturas de Tirantes Ancorados no Terreno", apresentam basicamente o conceito acima exposto, conforme pode ser visto na figura 1.
O campo de utilização de tirantes na engenharia geotécnica é bastante amplo, mas de forma sintética os tirantes classificam-se em dois grupos: permanentes e provisórios.
Tirantes permanentes são aqueles que se incorporam a uma estrutura definitiva, como é o caso das cortinas atirantadas, lajes de subpressão, fundação de torres etc. e que, portanto, deverão ter vida útil compatível com o fim a que se destinam.
Tirantes provisórios são aqueles de utilização temporária, como é o caso das paredes de contenção das obras de infra-estrutura de edifícios residenciais, comerciais, estações enterradas de metrô etc. em que, após a construção das lajes da estrutura do edifício, os tirantes são desativados e os esforços transferidos para a estrutura.
As diferenças fundamentais entre tirantes permanentes e provisórios estão no coeficiente de segurança determinado pelo projeto, na proteção anticorrosiva do corpo e da cabeça do tirante e nos testes de protensão, conforme preconiza a norma brasileira NBR 5629.
As aplicações mais comuns e usuais, tanto dos tirantes permanentes quanto dos provisórios, são em contenções de escavações para obras enterradas ou em situações em que é necessário cortar um maciço de terra que não é autoportante, para