Tirania do tempo
As evoluções no processo e nas ferramentas utilizadas no trabalho, impulsionadas pelo avanço da revolução industrial, foram reproduzidos ou aprimorados e ainda se mostram bem presentes no planejamento e controle do processo produtivo, como por exemplo, a influência do estudo dos movimentos no gerenciamento efetivo através do trabalho fragmentado.
A busca por sistemas perfeitos criou linhas de produção mecanicistas, com movimentos repetitivos e exaustivos. As consequências deste processo acarretaram consecutivos acidentes de trabalho, doenças causadas por esforço contínuo, além disso, o ser humano passou a ser tratado como máquina; Sem sentimentos, sem necessidades, sem opinião.
Aumentaram a produtividade por um lado e por outro diminuíram a qualidade de vida e desrespeitaram as necessidades básicas como a saúde, higiene e lazer dos trabalhadores.
Trazendo para uma perspectiva mais atual, é possível perceber que a realidade não muda em sua maior parte. Administradores continuam em busca do lucro e do domínio de mercado, para isso, se apropriam da mais-valia, dos meios produtivos mais baratos, da exploração da capacidade física e mental de seus “colaboradores”.
Os métodos utilizados são tão desumanos quanto os de antigamente, o que acontece agora é um discurso de falsa participação, onde os principais interessados tentam maquiar os seus interesses dando aos funcionários a sensação de que são parte da empresa, isso se eles ”vestirem a camisa” e derem tudo de si.
Nos processos de produção em escala ainda se vê os mesmos métodos regrados por tempos e movimentos específicos, as instalações muitas das vezes se apresentam inapropriadas, há muito descaso no que se refere aos direitos dos trabalhadores que ainda são vistos como peças facilmente substituíveis.
O empresário ainda não compreendeu que depende do funcionário assim como a recíproca é verdadeira. Não entendeu também que