A paisagem é um conceito que se refere a tudo o que podemos perceber utilizando os nossos cinco sentidos (tato, visão, olfato, paladar e audição). Portanto, todo o ambiente terrestre pode ser considerado como uma paisagem: o caos do centro de uma grande cidade, o espaço de uma fazenda ou a área de um bosque. Em razão da abrangência desse termo, comumente ele é dividido em dois tipos principais: as paisagens naturais e as paisagens culturais. As paisagens naturais são as expressões dos elementos da natureza que não se modificaram ou que foram pouco alterados pelo ser humano, como o espaço de uma floresta virgem ou o topo de uma montanha. Em algumas definições, esse conceito também abrange regiões naturais consideradas inóspitas, ou seja, que não apresentam condições para a manutenção da vida do homem, como uma área de um deserto. As paisagens culturais – também chamadas de paisagens antrópicas – são as expressões das atividades humanas. Elas constroem-se a partir da utilização e transformação dos elementos da natureza pelas atividades realizadas pelo homem. Portanto, todas as edificações artificialmente construídas, bem como as intervenções não naturais sobre o espaço constituem paisagens culturais, como o espaço de uma cidade ou um campo de produção agrícola. A paisagem geográfica é um aparte visível do espaço geográfico, sejam eles aspectos naturais, ou culturais. Na prática, ela se constitui de uma parte da Terra que, estudada tanto do ponto de vista físico quanto do humano, apresenta características próprias. Os aspectos físicos de uma paisagem geográfica são denominados paisagem natural (clima, vegetação, relevo, hidrografia, solo etc.). Das modificações impostas pelo homem ao ambiente natural, surge a paisagem cultural (produção, habitação, estradas etc.). A paisagem natural é o objeto de estudo da Geografia Física, enquanto que a paisagem cultural é o objeto de estudo da Geografia Humana.