Tipos de Morfemas
Como o próprio nome o indica, os morfemas aditivos são segmentos que se ligam a um núcleo, ou seja, a um radical. Em nossa língua, são os morfemas mais produtivos. De acordo com Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática Portuguesa (2001), os morfemas aditivos são representados por:
1. prefixos: anteposição à base lexical: pôr-repor; quieto-inquieto
2. sufixos, interfixos e desinências: posposição à base lexical
3. infixos: intercalação no interior da estrutura da base
4. circunfixos: anteposição e posposição simultaneamente à base (parassintéticos)
5. descontínuos: fragmentação pela intercalação de outro morfema
6. reduplicativos: repetição da parte inicial da base
Convém ressaltar a diferença entre interfixo e infixo; o interfixo une uma raiz a um sufixo ou dois radicais de um composto: grat-i-dão, fil-ó-sofo. Por outro lado, o infixo insere-se dentro de outro morfe, normalmente a raiz :pensar, pensamento.
Morfemas Subtrativos
São morfemas resultantes dá supressão de um fonema do radical para exprimir alguma diferença de sentido. São mais raros que os morfemas aditivos; podemos citar como exemplos: Anão / anã Órfão / órfã
Após uma primeira análise dos pares acima, podemos concluir que nesses casos o feminino é obtido através da eliminação do /-o/ do masculino. A noção de feminino, em vez de aparecer indicada através da adição de um morfema à forma masculina, processo básico de formação do gênero em Português, decorre da própria subtração dessa forma.
Partindo a análise dos masculinos, não podemos afirmar que o feminino resulta da queda do /-o/; visto que substantivos em –ão apresentam vários tipos de femininos:
Irmão / irmã
Leão / leoa
Sultão / sultana
Assim, quando temos o feminino em –ã, o masculino é automaticamente em –ao; se o masculino termina em –ão, há variadas possibilidades de feminino.
Morfemas Alternativos
Consistem na substituição de fonemas do radical, que passa a apresentar duas ou mais formas