tipos de discurso- narrativo
Para que uma história seja considerada uma narrativa, deverá ter certos elementos fundamentais: fatos, personagens, lugar e tempo. Nota-se então que grande parte da produção literária brasileira revela-se sob a forma deste gênero. De acordo com a intenção de cada autor ao retratar sua história, este se valerá de diferentes recursos discursivos. Compreendê-los é, portanto, essencial para uma boa interpretação textual. Em um texto narrativo, diversas são as maneiras de o narrador, elemento que estrutura a história, apresentá-la e realizar o registro das falas das personagens. O seu discurso pode ser direto, indireto ou ainda indireto livre, em que há uma mistura dos dois primeiros. DISCURSO DIRETO No discurso direto, as personagens falam através das suas próprias palavras, ou seja, o narrador reproduz fielmente as palavras usadas pela personagem. A incorporação literal das falas é um importante recurso para conferir imparcialidade e verossimilhança à narrativa. Sua utilização também facilita o emprego de gírias e expressões próprias do grupo social em que estão inseridas as personagens. Em geral, as falas aparecem entre aspas ou após o emprego de dois pontos, sendo precedidas de um travessão.
Ex.:
(...) Mané Lima, pegado de surpresa, de começo sem voz, solta depois um grito medonho: - É Pedro Archanjo!
(Jorge Amado, Tenda dos Milagres) Este discurso é marcado pela utilização de verbos dicendi, aqueles que introduzem a fala da personagem (dizer, afirmar, declarar, etc.) ou mesmo de verbos sentiendi, que expressam o estado de espírito ou a reação psicológica da personagem (lamentar-se, suspirar, gemer, etc.).
OBS.:
Foco narrativo: é a posição que o narrador assume diante dos fatos. Pode se desenvolver basicamente em 1° ou em 3ª pessoa, sendo que, na 1ª, o narrador é um dos personagens, participa dos fatos narrados, é o narrador-personagem, enquanto na 3ª,