Tipos de dados e formas de apresentação na pesquisa clínico-epidemiológica

Esse texto objetiva familiarizar o leitor com os tipos de dados epidemiológicos, assim como suas formas de apresentação tabular e gráfica, com vistas a facilitar a compreensão de trabalhos científicos e a construção de resultados de estudos clínico-epidemiológicos.
Em uma pesquisa epidemiológica, encontramos alguns tipos de dados. Estes são:
Dados: Informações coletadas por um pesquisador durante determinada etapa de um estudo.
Variáveis: Características que se permitem serem medidas, podendo tomar diferentes valores, variando de um indivíduo para outro ou num mesmo indivíduo, em momentos diferentes.
Existem dois grandes grupos de variáveis:
Categóricas ou qualitativas, que não apresentam valores numéricos, e, sim, uma classificação dos indivíduos (categorias). De acordo com o número de categorias (possibilidade de respostas), podem ser classificadas como:
Dicotômicas: Duas categorias. Exemplo: Sexo (Feminino ou Masculino)
Nominais: Três ou mais categorias, não existindo uma hierarquia entre elas. Exemplo: Cor dos olhos (Verde, azul, mel, castanho claro, castanho escuro...)
Ordinais: Três ou mais categorias, existindo uma hierarquia entre elas. Exemplo: Escolaridade (1º, 2º, 3º graus).
A organização de seus dados conforme os resultados de cada categoria (distribuição de frequências) pode ser apresentada sob a forma de tabelas ou de gráficos, entre eles o gráfico de barras e o de setores ou de pizza, bastando contar o número de observações em cada categoria da variável, obtendo-se assim suas freqüências absolutas. Além das freqüências absolutas, estas informações também podem ser apresentadas pelos respectivos valores percentuais da mesma, chamados freqüências relativas, modificando-se apenas os rótulos das escalas, que serão diferentes em cada situação. • Numéricas ou quantitativas apresentam valores numéricos que fazem sentido. Podem ser discretas, quando só apresentam números inteiros,