tipos de crônicas
Crônica Descritiva – Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados num espaço, viva como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como um filme publicado.
Crônica Narrativa – Pode ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com fatos cotidianos (“banais”, comuns).
Crônica Dissertativa – Opinião explícita, com argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” (em vez de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.
Crônica Narrativo-Descritiva – É quando uma crônica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular.
SUBTIPOS:
Crônica Lírica – Linguagem poética e metafórica.
Caracteriza-se pelo flagrante de aspectos sentimentais, nostálgicos ou de simples beleza da vida urbana. Seu maior expoente é Rubem Braga, seguido por legítimos poetas-prosadores como Carlos Drummond de Andrade, Antônio Maria, Paulo Mendes Campos e outros. Este tipo de comentário poético parece em desuso, provavelmente devido à violência e a degradação na vida das grandes cidades brasileiras. Veja-se este fragmento da crônica Procura-se, de Rubem Braga:
Procura-se aflitivamente pelas igrejas e botequins, e no recesso dos lares e nas gavetas dos escritórios, procura-se insistente e melancolicamente, procura-se comovida e desesperadamente, e de todos os modos e com muitos outros advérbios de modo, procura-se junto a amigos judeus e árabes, e senhoras suspeitas e insuspeitas, sem distinção de credo nem de plástica, procura-se junto às estátuas e na areia da praia e na noite de chuva e na manhã encharcada de luz, procura-se com as mãos, os olhos e o coração um pobre caderninho