Tipologias de Governo no Mediterrâneo Antigo

Universidade Federal de Santa Catariana - UFSC
Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH
Curso de Graduação em Ciências Sociais
Disciplina de Introdução à Ciência Política

Paper

As tipologias de governo no Mediterrâneo Antigo.

Para tal assunto, utilizarei os textos de Aristóteles, Políbios, Cicero e Maquiavel, sendo que esta tradição vem desde Platão, onde ele define quatro formas de governo da Grécia antiga, sendo elas, a Timocracia, que seria o governo da honra; a Oligarquia seria o governos dos ricos, onde os pobres não participam do poder; a Democracia aparece quando os pobres vencem os ricos, cansado das suas atrocidades; e a Tirania vem quando um homem prodigioso se embriaga com o poder, nascendo um Tirano, estas formas de governo, se degeneram uma nas outras formando um círculo, voltando sempre no inicio.
Em Aristóteles, ele cita seis formas de governo, umas justa e outras degeneradas, as justas seriam a Monarquia, Aristocracia e Republica porque visa os interesses da comunidade em geral, as formas degeneradas são a Tirania, Oligarquia e Democracia, porque visam apenas os interesses de quem está no poder.
Políbios começa nos contando, que a primeira forma de governo é a Autocracia, que surge de forma natural e espontânea, onde o exemplo seria Romulo e Remulo, na fundação de Roma, desta surge a Monarquia, derivada da Autocracia para corrigir os erros da mesma. A Monarquia se degenera para Tirania, e em seguida estas se dissolvem em Aristocracia, que se degenera em sua própria natureza em Oligarquia, quando a maioria inflamada pelas injustiças dos detentores do poder, se unem, é que se forma a Democracia, que por sua vez desprezando a lei, no seu devido tempo surge a Oclocracia, a Anarquia das massas.
Em Cicero, aparece o conceito de “Res publica” Coisa pública, é a “Res Populi” Coisa do Povo, e o povo não seria qualquer ajuntamento de homens congregados de qualquer maneira, mas um ajuntamento de uma multidão entorno de um consenso jurídico