tintas
NELSON ANGELO DE SOUZA
MÁRCIA N. BORGES
CARLOS MAGNO R. RIBEIRO
PAULO ROBERTO TRALES
Universidade Federal Fluminense, Brasil
Introdução
As cores fascinam os seres humanos por estarem diretamente relacionadas à nossa percepção, tendo se tornado um objeto de estudo em praticamente todas as culturas. Elas são fundamentais em qualquer processo de educação visual e exercem grande influência sobre as pessoas, interferindo nos sentidos, nas emoções e no intelecto, o que vem despertando o interesse de grupos de pesquisa na tentativa de compreender como se processa a visão no ser humano (WEB1, 2007; Hooser e Nelson, 2006;
Saunders e Brakel, 2002).
As cores estão presentes na vida dos seres humanos, especialmente na arte. Na Grécia antiga, já se escreviam tratados sobre a harmonia das cores em pinturas. Atualmente, diversos estudos visam discutir a articulação entre a arte e as ciências, como, por exemplo, a Química (WEB2, 2007; Orna, 2001;
Frankel, 2001). Em meados do século XVII, os fenômenos envolvendo propagação da luz em lentes e prismas já eram conhecidos e aplicados em instrumentos óticos, mas foi o matemático e físico inglês
Isaac Newton (1642-1727) quem primeiro demonstrou, por meio de experimentos, a relação entre as cores e a luz. Newton provou, através do experimento de difração, que a luz branca continha todos os comprimentos de onda e que, ao atravessar um prisma, se decompunha nas cores do arco-íris. Esse foi o primeiro modelo científico da formação de cores e propagação da luz (Horowicz, 1999; Westfall, 1995). Em
1860, o físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) concluiu que a luz é um tipo de radiação eletromagnética. Após os trabalhos de Newton e Maxwell, diversas experiências foram relacionadas à radiação eletromagnética (luz), trazendo inestimáveis contribuições ao desenvolvimento da sociedade, como, por exemplo, a descoberta dos