Timidez
[B]TIMIDEZ[/B]
Por: Almir Sobreira de Oliveira
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As mãos molhadas de suor
Sofrimento a todos exposto
Aspecto de filme de terror
Estampado no seu rosto.
A boca seca, o desconforto
O medo de encarar a plateia
A inquietação e o andar torto
Na mente a falta de alguma ideia.
Voz pastosa e incompreensível
A palidez da face escancarada
A insegurança clara e visível
A certeza que a coisa deu errada.
O olhar perdido no imenso espaço
Vontade que acabe logo essa agonia
Clara sensação do maior fracasso
Esperança que esse sofrimento finde um dia.
QUINTA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2008
TIMIDEZ REVELADA
Preciso falar, para poder ter um pouco de paz.
É uma necessidade forte que surge e obriga-me a vir aqui, falar de algo há muito contido dentro do meu peito.
Não ria, por favor, deixe-me falar hoje senão, não vou conseguir nunca mais.
Perdoe... mas preciso quero mesmo fazer isso, finalmente me expor.
Não sei nem como estou conseguindo.
Está vendo que me enrolo e não falo do que eu quero e preciso falar, desta maldita e insuportável timidez. Que me atrapalha me trava e me cala. Que impede de dizer coisas, as coisas que quero dizer a você que não consigo quando tenho oportunidade.
Aí, surge aquele riso nervoso, desvio os olhos falo do tempo, conto estórias, todas as estórias... mas, não falo o que sei que espera ouvir e que nunca sai da minha boca.
Juro que eu tento, mas, me atrapalho, fico rubra transpiro nas mãos, olho pro chão querendo que o mundo se abra e me engula viva só pra não ter que falar nada.
Eu sinto e vejo que você se diverte em me ver nesta constrangedora situação.
Fica aí, parado, esperando, fazendo da sua espera a minha tortura de não saber como, de que maneira chegar.
E você aí, querendo ser tocado e eu aqui, sem tocar.
Preciso falar desta detestável maneira minha de ser que se reserva tanto que cala tanto, a tal ponto absurdo que constrange, me