TIM LOPES

TIM LOPES
Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, nasceu em Pelotas – RJ, no dia 18 de novembro de 1950.
Formado em jornalismo, trabalhou na revista Domingo Ilustrada, do jornalista Samuel Wainer, que lhe deu o nome artístico de Tim Lopes, devido à sua semelhança com o cantor Tim Maia. Trabalhou também nos jornais Folha de S. Paulo, O Dia, Jornal do Brasil, O Globo e na revista Placar.
Na TV Globo, participou de uma série de reportagens para o Fantástico, que promoviam o encontro de familiares de vítimas com assassinos presos. Chegou a disfarçar-se de mendigo, operário e até internar-se por dois meses em uma clínica para dependentes químicos para uma reportagem sobre o assunto. Em 2001, Lopes foi um dos ganhadores do Prêmio Esso¹. Era considerado pelos colegas de profissão como um dos mais corajosos e audaciosos repórteres investigativos em atividade.
Em 2 junho de 2002, Tim foi morto por traficantes do Complexo do Alemão enquanto fazia uma reportagem, depois de receber denúncias de moradores sobre tráfico de drogas e abuso sexual de menores em baile funk na favela da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.
Maurício de Lima Martins, “Boi”, segurança do líder do Complexo, Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, abordou o repórter e o levou para os traficantes. Tim foi torturado, golpeado com uma espada do estilo samurai e teve seu corpo queimado, junto com as filmagens da câmera que estava escondida. “Você sempre foi um apaixonado pela profissão. Sempre teve um sorriso contagiante para alegrar os nossos dias. Sempre teve uma palavra de incentivo aos iniciantes. Sempre vibrou com cada reportagem que fez. [...] Hoje você começaria um novo Globo Repórter, sobre a vida dos caminhoneiros, foi uma ideia que você trouxe das férias, aprovada pela direção do programa, que queria vê-lo logo na estrada. Você pediu tempo. Estava terminando uma reportagem à favor dos moradores da Penha. Os traficantes que o mataram, interromperam o seu plano, e devem estar