tilapia resumo
A tilapicultura foi introduzida no Brasil na década de 50 e o clima favorável, a grande produção de grãos para a fabricação de rações e também a presença de grandes mananciais hídricos favoreceram o seu crescimento. Adicionalmente aos fatores ambientais, a biologia reprodutiva das tilápias é extremamente favorável, pois esses animais apresentam excelente ganho de peso e índices de reprodução elevados.
A tilápia (Oreochromis niloticus) é um dos peixes com maior potencial para a piscicultura (BRASIL, 2000), pois apresenta características como: capacidade de alimentarse dos itens básicos da cadeia trófica, aceitação de grande variedade de alimentos, são bastante resistentes a doenças, superpovoamentos e baixos teores de oxigênio dissolvido, além de desovar durante todo o ano, nas regiões mais quentes do país
Apesar de todas essas vantagens, a reprodução excessiva é fator crucial no cultivo das tilápias. A utilização de lotes monossexuais masculinos de tilápia, ou seja, o cultivo apenas de indivíduos machos viabilizou o cultivo em escala intensiva. A principal técnica utilizada comercialmente para obter esses lotes monossexuais é a inversão sexual. Essa técnica consiste em induzir o sexo fenotípico através de hormônios, já que, nos primeiros estágios de desenvolvimento, as tilápias não apresentam o sexo fenotípico definido. (VERA CRUZ; MAIR, 1994)
A rusticidade, a produtividade, o rendimento em filé e a qualidade da carne da tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, contribuíram para despertar o interesse pelo cultivo (FAO, 1987). Porém, o controle reprodutivo é o maior desafio no cultivo dessa espécie, pois a maturação precoce e a reprodução descontrolada levam ao superpovoamento dos tanques, implicando em competição por espaço e alimento, ocasionando baixo crescimento e heterogeneidade no tamanho, dificultando uma criação mais racional e produtiva (WOHLFARTH e HULATA, 1981;MACINTOSH et al., 1985).
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