Tido em husserl
5h
http://www.revistas.ufg.br/index.php/philosophos/article/viewFile/3220/3204
(Acesso em setembro de 2012)
Em sua leitura, atente às questões abaixo:
1. Em que perspectiva Husserl parte de Descartes e em que medida rompe com este pensador?
Para se entender a fenomenologia de Husserl, tem que se entender o “Cogito” de Descartes e o dualismo cartesiano. Descartes “separou” a alma, do corpo humano; Husserl substituiu a “alma” cartesiana pela “consciência” psicológica e separou-a da realidade (mundo dos fenómenos) que inclui o corpo humano. A consciência passa a ter uma vida própria como se de uma entidade autónoma (em relação ao mundo dos fenómenos) se tratasse, embora a lógica da consciência não se baseie no real mas em essências irreais, e portanto, subjetivas.
2. Qual é a importância do pensamento de Santo Agostinho para o de Husserl?
São muitas as perguntas e perspectivas que Santo Agostinho apresenta. Poderíamos pensar a relação entre gregos e cristãos, entre razão e fé, entre o prático e a graça de Deus, assim como a questão sobre a responsabilidade do indivíduo. O que nos interessa aqui é somente uma possível semelhança entre Santo Agostinho e Descartes, a fim de compreender qual é o sentido da reviravolta fenomenológica para Husserl.
3. Em que medida Husserl rompe com Kant?
Husserl rompe com Kant na medida que por haver uma presença demasiada do mundo em Kant, então ainda não liberamos a subjetividade dessa dependência do mundo objetivo. Isso é verdade porque Kant queria uma subjetividade constitutiva no sentido teórico que não terminasse no solipsismo e, por isso, ainda precisamos do mundo em sua filosofia. Desse modo, Kant ainda não abriu a possibilidade do idealismo na filosofia, tendo ficado circunscrito no racionalismo cartesiano radicalizado. Husserl também irá desejar uma subjetividade autônoma, não ligada ao mundo, mas, pensando assim, ele não