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A Prússia, França e Grã-Bretanha participavam de uma corrida armamentista. Cada uma queria garantir sua autonomia e poder para alcançar seus respectivos objetivos. A França era dominada pelo sentimento de revanche contra a Prússia após a Guerra Franco-Prussiana (revanchismo francês). E a Prússia tentava manter seu domínio pela Alsácia-Lorena. A Grã-Bretanha tentava manter seu monopólio sobre as rotas navais (dominavam pontos estratégicos como Dôver e Gibraltar).
O monopólio marítimo inglês era o que permitia sua dominação sobre o comércio, colônias e que resultava em seu poder político internacional. Durante quase dois séculos os ingleses foram capazes de manter o controle sobre a Europa. Mas com a industrialização inicial da guerra, abordada por McNeill, a França e Prússia começaram a desenvolver armas e aperfeiçoar o poder bélico de seus navios, representando uma ameaça a Pax Britannica.
Com a ascensão de países como os Estados Unidos, Alemanha, Rússia, China e Japão os ingleses foram perdendo influência em algumas áreas importantes para a sua dominação. A homogenia se quebrou com a capacidade desses países de construir cada vez mais e melhores navios. Assim como seu maior poder de aquisição e fabricação de armas.
Um marco da decadência da Pax Britannica foi a segunda guerra dos Bôeres em 1899, quando as colônias africanas resistiram e declararam independência da Inglaterra.