TI Verde
POR UMA TI
MAIS VERDE
Depois da escalada tecnológica ocorrida nas últimas décadas, as atenções se voltam cada vez mais para os impactos ambientais do uso de TI. Duas questões estão na ordem do dia: lixo eletrônico e consumo energético
POR MARTIN JAYO E RAFAEL VALENTE
52 vol.9
nº1
jan/jun 2010
gvexecutivo 53
Por uma TI mais verde
As últimas cinco décadas foram marcadas por uma escalada crescente no uso de TI em todas as esferas da atividade humana. Em um processo que se iniciou na década de 1960, com a adoção dos primeiros mainframes (computadores de grande porte) por empresas, e que avançou até a atual era da informação e da computação ubíqua, a tecnologia tornou-se, cada vez mais, parte indissociável da vida de pessoas e organizações.
O uso intensivo de TI transformou as organizações, não apenas aumentando a eficiência e a agilidade de processos operacionais, mas também viabilizando a criação de modelos de negócios anteriormente inimagináveis. As empresas passaram a contar cada vez mais com tecnologia para as suas atividades, e alguns setores (como o bancário, por exemplo) tornaram-se totalmente dependentes dela. Na esfera individual, nos acostumamos a viver “conectados” e rodeados por uma crescente parafernália de equipamentos – computadores, notebooks, telefones celulares, assistentes pessoais digitais, tocadores de mp3, aparelhos de GPS e tantos outros – sem os quais teríamos cada vez mais dificuldade para executar as tarefas mais corriqueiras do dia-a-dia.
TI E MEIO AMBIENTE. Estima-se que hoje existe
1,7 bilhão de computadores pessoais em uso no mundo, o que significa, aproximadamente, um
PC disponível para cada quatro habitantes. No
Brasil, com um parque instalado de 60 milhões de PCs, essa proporção é de um PC para três
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habitantes, com perspectivas de evoluir até 2012 para um PC para dois habitantes. Em 2009, o número de PCs