Thyeres
E m 1º de abril de 1964, quando se iniciou o regime militar, o Brasil possuía o 43º PIB do planeta e uma dívida externa de 3,7 Bilhões de dólares. Em 1985, ao término da ditadura, o Brasil apresentava o 8º PIB do mundo capitalista e sua divida externa era de aproximadamente 95 bilhões de dólares. O parque industrial havia crescido de forma bastante significativa e a infra-estrutura nos setores de energia, transporte e comunicações tenha se modernizado. Porém, embora os indicadores econômicos tenham evoluído positivamente, a qualidade de vida de grande parte da população tenha piorado bastante nesse período. A classe média dos grandes centros urbanos, onde se proliferavam supermercados, shoppings e outdoors oferecendo apartamentos de luxo, crescia também a população marginalizada e miserável.
Basicamente, a política esteve voltada, como em períodos anteriores, ao crescimento do PIB e à obtenção de um maior superávit no saldo da balança comercial, ou seja, um saldo positivo, em que o valor das exportações supera o das importações.
Entre 1968 e 1973, período conhecido como “milagre econômico”, a economia brasileira se desenvolveu em ritmo acelerado. Esse ritmo de crescimento foi sustendo por grandes investimentos estatais em obras faraônicas, de necessidades, rentabilidade ou eficiência questionáveis, como rodovias Transamazônica e Perimetral Norte o acordo nuclear entre Brasil e Alemanha. O setor de comunicações também foi beneficiado nesse período. Os investimentos foram feitos graças à grande captação de recursos no exterior, o que elevou a divida externa nacional, pois boa parte desse capital foi investido em setores não-rentáveis da economia.
Outro aspecto importante na questão do crescimento durante o período militar foi o dos investimentos internos. O capital estrangeiro penetrou em vários setores da economia, principalmente na extração de minerais metálicos, na expansão das áreas agrícolas (monocultura de exportação),