Thomas kuhn
Em uma entrevista cedida à filosofa italiana Giovanna Borradori, no ano de 1965, em Londres, Thomas Kuhn fala sinteticamente sua caminhada acadêmica até a construção de seus textos, que se tornariam o referencial de discussão entre os filósofos da ciência. Ele iniciou sua carreira como físico e, até a defesa de sua tese de doutorado, não tinha tido muito contato com a filosofia. Ele justificava o pouco contato com a filosofia é fundada principalmente na ocorrência da Segunda Guerra Mundial, pois havia, segundo ele, uma grande pressão para empreender carreiras científicas e um grande desprezo em relação às matérias humanísticas. O livro Estrutura das Revoluções Científicas foi um texto produzido e direcionado para o público que gostava de filosofia, mesmo não sendo um livro de filosófico. E isso ocorreu porque, conforme ele mesmo dizia, Kuhn criticava o positivismo sem conhecê-lo em profundidade, do mesmo jeito que não se sentia influenciado pelo pragmatismo de William James e John Dewey.
Seu livro teve uma enorme repercussão acadêmica, já na segunda edição, em 1970, Kuhn apresentou um pós-escrito, no qual seus pontos de vista são, em alguma medida, refinados e modificados. E, para responder às acusações de irracionalismo, ele escreveu, em 1974, um ensaio intitulado Reconsiderando os paradigmas e depois disso ele desenvolve com maior profundidade as