Thomas Hobbes
Embora as interpretações apenas se dediquem aos escritos da primeira e da segunda parte do livro de Hobbes, no Leviatã todas elas estão intimamente ligadas, revelando um traço sistemático do livro.
A psicologia humana revelada na primeira parte do Leviatã ressalta a miséria cognitiva, o hedonismo (doutrina filosófica, que proclama o prazer como o fim supremo da vida), concupiscência (ambição, desejo, tendência do homem de cobiçar bens terrenos decorrentes do pecado original), provenientes, respectivamente, das sensações, dos apetites e das aversões do homem.
Essa limitação cognitiva seria a causa principal do surgimento de boa parte das religiões. A capacidade de distinguir quanto ás forças intelectivas dos sentidos convertidos em representações, que acometem o mundo mental do ser humano, seria a fonte de adoração de sátiros, faunos, ninfas, fadas, fantasmas e feiticeiros.
Enganados por seus sentidos, pelas falsas profecias e todos aqueles embusteiros que exploram sua credulidade, o homem é continuamente atormentado pelo temor dos poderes espirituais ou invisíveis.
Na segunda parte, Hobbes não discorre apenas sobre os elementos constitutivos do corpo político ou Estado, mas também sobre sua finalidade, as causas que o esmorecem e os meios de mantê-lo. Importante salientar que em seu livro A dialogue between a philosopher and a student of the common laws of England (Um diálogo entre um filósofo e um estudante do direito consuetudinário da Inglaterra), apresenta uma passagem que sintetiza as ideias