thereza
Alexandre Dumas
os três mosqueteiros
Adaptação de Ana Carolina Vieira Rodriguez
2ª edição
Capítulo 1
Coleção Aventuras Grandiosas
d’artagnan viaja à corte
— Vá, meu filho. E não se esqueça de que você é um nobre. Quando chegar à corte, só deve curvar-se diante do rei Luís XIII e do Cardeal Richelieu — recomendou o pai de D’Artagnan logo depois de ensinar ao filho os últimos truques no manejo da espada.
Dessa maneira, D’Artagnan deixou sua casa na Gasconha e dirigiu-se à corte PARISIENSE. Seu enorme desejo era fazer parte dos corajosos mosqueteiros, os responsáveis pela guarda do rei. Seu pai havia sido um deles, tinha vivido aventuras e honrado o nome do rei.
Aos dezoito anos de idade, partiu levando a espada do próprio pai, algumas roupas, um cavalo velho e o pouco dinheiro que havia em casa, pois, apesar de nobre, sua família não era rica. O principal era o que levava no bolso: uma carta que deveria ser entregue ao Sr. de Tréville, comandante do Regimento dos
Mosqueteiros e antigo parceiro de batalhas de seu pai. Nela este pedia que o amigo integrasse o filho à tropa dos DESTEMIDOS mosqueteiros.
No meio do caminho para Paris, D’Artagnan parou para descansar em uma
ESTALAGEM na cidade de Meung. Próximo à porta do lugar percebeu um grupo de homens dando risada e apontando para as péssimas condições de seu cavalo.
Irritado, o jovem dirigiu-se àquele que lhe pareceu o líder do grupo e disse:
— Saiba que, se está rindo do meu cavalo, está ofendendo um animal
INDEFESO. Por que não cria coragem e ofende o dono também?
— Mas que cavaleiro valente... — exclamou o FIDALGO, dando uma boa gargalhada a D’Artagnan e provocando uma risada geral.
Enraivecido, D’Artagnan puxou a espada da bainha pela primeira vez desde sua saída de casa e saltou em direção ao homem:
— Lute por sua honra ou irei feri-lo de qualquer maneira!
— Não vou sujar minhas mãos de sangue nem vou perder meu tempo com um GASCÃO