Adorno ressalta no texto “A Educação contra a Barbárie” que desbarbarizar tornou-se a questão mais urgente da educação hoje em dia.O problema que se impõe nesta medida é saber se por meio da educação pode-se transformar algo decisivo em relação á barbárie.Entendo por barbárie algo muito simples,ou seja ,que estando na civilização do mais alto desenvolvimento tecnológico ,as pessoas se encontrem atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização e não apenas por terem em sua arrasadora maioria experimentado a formação nos termos correspondentes ao conceito de civilização ,mas também por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva , um ódio primitivo ou , na terminologia culta , um impulso de destruição ,que contribui para aumentar ainda mais o perigo de que toda civilização venha explodir ,aliás uma tendência imanente que a caracteriza. A tentativa de superar a barbárie é decisiva para ,justamente nesses a sobrevivência da humanidade ,não apenas aos psicológicos ,mas também aos objetivos ,que se encontram nos próprios sistemas sociais.Me inclinaria a pensar que o simples fato de a questão da barbárie estar no centro da consciência provocaria por si uma mudança.Por outro lado ,que existem elementos de barbárie ,momentos repressivos e opressivos no conceito de educação e , precisamente também no conceito da educação pretensamente culta , e isto é Freud puro ,justamente esses momentos repressivos da cultura produzem e reproduzem a barbárie nas pessoas submetidas a essa cultura. Portanto ,creio que na luta contra a barbárie ou em sua eliminação existe um momento de revolta que poderia ele próprio ser designado como bárbaro ,se partíssemos de um conceito formal de humanidade .Mas já que todos nós encontramos no contexto de culpabilidade do próprio sistema ,ninguém estará inteiramente livre de traços de barbárie ,e tudo dependera de orientar esses traços contra o princípio da barbárie ,em vez de permitir seu curso