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Metade dos americanos é pobre ou de baixa renda
Por Andre Damon
19 de dezembro de 2011
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Em meio a ataques contínuos contra os serviços públicos nos Estados Unidos, a fome e o desabrigo estão crescendo num ritmo epidêmico, de acordo com um relatório divulgado na quinta-feira pela Conferência de Prefeitos dos EUA.
A pesquisa anual dos índices de fome e desabrigo, feita pelo grupo em 29 cidades-membro, afirma que requisições de assistência alimentícia emergencial cresceram 15,5% no ano passado. O número de famílias sem-teto cresceu 16%. A pesquisa cobre o período entre 1º de setembro de 2010 a 31 de agosto de 2011.
O relatório dos prefeitos é somente o último numa série de estudos que documentam o crescimento da pobreza e da desigualdade social nos EUA. Dois dias antes, o Centro Nacional de estudos sobre desabrigo relatou que entre 2007 e 2010 houve um aumento de 38% nos níveis de desabrigo entre crianças, de modo que uma em cada 45 crianças americanas não tem teto.
A Associated Press, citando estatísticas do censo publicado mês passado, informou na quinta-feira que metade da população americana é pobre ou de baixa renda. Com o desemprego de longo prazo atingindo níveis recordes, cozinhas de caridade e abrigos para sem-teto estão superlotados.
Essas estatísticas sombrias, que constituem apenas uma reflexão pálida do sofrimento humano e precariedade social existentes, servem para zombar das declarações da administração Obama e da mídia de que os EUA passam por uma fase de "recuperação" econômica. Nos últimos dias, Obama comemorou o relatório de desemprego de novembro, que registrou um declínio de 0,4% na taxa oficial de desemprego para 8,6%, enquanto evidência de que suas políticas estão fazendo efeito. Ele ignora o fato de que a queda na taxa de desemprego foi devido ao êxodo de 315 mil desempregados, que,