The corporation
O documentário The Corporation, que assistimos durante a aula, discute o status das corporações multinacionais na legislação norte americana. Basicamente, ele mostra que as corporações, perante essa legislação, são consideradas como indivíduos. Isso quer dizer que, diante da Constituição dos EUA, pessoas e corporações tem os mesmos direitos e recebem o mesmo tratamento. Assim, como são consideradas pessoas jurídicas e possuem “limitada responsabilidade”, seus administradores aproveitam-se disso, para ações antiéticas e que visam única exclusivamente o lucro financeiro, sem temerem a justiça. Estas corporações são dominantes no cenário mundial. E, para alcançarem seu objetivo, que nada mais é que o lucro, transcendem qualquer limite, ignoram valores humanos e não se importam com qualquer dano causado a terceiros. Estas corporações e as pessoas que nelas atuam não se sentem responsáveis pelos danos sociais, ambientais e culturais que possam causar.
Como profissionais, estamos inseridos no processo de luta e garantia dos direitos sociais e humanos. Mas, ao assistirmos um documentário como esse, a impressão que se tem é que ainda estamos na época da revolução industrial, na qual crianças, mulheres e homens trabalhavam sob condições precárias, apenas para comer ao final do dia uma refeição que não valia nem ao menos o seu trabalho. Ou seja, parece-nos que nesses últimos séculos não houve avanços, uma vez que a exploração continua, agora de maneira mais sutil e camuflada. Em busca de maiores lucros, estas corporações transferem suas linhas de produção a países, nos quais, a mão de obra é abundante, desqualificada e, portanto, muito mais barata. O desemprego e a fome são freqüentes nessas regiões, a organização social política é pouca, o que faz com que as pessoas se submetam a um trabalho que beira a escravidão.
Além disso, estas corporações internacionais acabam por afetar ou manipular todos nós, pois se valem das propagandas