The corporation
RESENHA DO FILME A CORPORAÇÃO
Considerando que, desde o século 18, as leis norte-americanas permitem que corporações possam ser regidas somente por uma pessoa, este documentário investiga seu comportamento, examinando esse modelo de organização em vários casos.
O filme compõe um painel com dezenas de entrevistas de jornalistas, acadêmicos, executivos, escritores, ou seja, pessoas ligadas direta ou indiretamente ao mundo corporativo. Através de depoimentos e imagens de arquivos eles procuram mostrar como as grandes corporações funcionam de acordo com regras e motivações que muitas vezes não levam em conta danos as pessoas ou a sociedade de um modo geral.
É colocado em discussão o relacionamento das grandes companhias com o indivíduo em várias dimensões – social, cultural e política- evidenciando como a lógica do lucro pode ser responsável pela construção da cultura corporativa e da responsabilidade social e política das organizações. Esse lucro é o único objetivo, que as corporações que foram mostradas no filme, visado pelos seus stakeholders. E ainda por mais eles querem obter esse lucro acima de qualquer coisa, até sobre o interesse público, então se encaixam no princípio da externalidade, quando é citado o “que alguém mais faça estradas; que alguém mais mande apoio militar para zonas de conflito”, eles isentam suas responsabilidades de ajuda pública e espera que alguém faça esse tipo de serviço para que eles não o tenham.
The Corporation mostra também como determinadas práticas e posturas se refletem nas relações de trabalho, levantando questões relacionadas com processos desumanos de produção, assédio moral e outros tipos de danos incompatíveis. Quando é citado que para fazer uma jaqueta de U$ 178, somente U$ 0,78/hora é o pagamento do trabalhador que o faz; Um país como o Haiti, onde as pessoas não têm nenhuma fonte de renda, onde não há ferramentas para se construir um sonho por conta da miséria, chega uma fábrica