THE CANTERBURY
Este estudo pretende fazer uma análise comparativa da obra The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, com o filme Os contos de Canterbury do cineasta Pasolini, tecendo considerações ao ponto de vista do autor, considerando-se as inter-relações das estruturas e unidades composicionais dos contos, fazendo uma ponte com as cenas reproduzidas no filme.
A obra medieval do século XIV traz conteúdos relevantes, passíveis de consideração e análise, principalmente por apresentar traços contemporâneos. A partir da análise comparativa entre os personagens, suas divergentes personalidades e comportamentos, foram utilizados como embasamento teórico em artigos e livros, bem como o filme Os contos de Canterbury produzido em 1972.
2. Geoffrey Chaucer e sua Obra The Canterbury Tales
Autor Geoffrey Chaucer, escritor inglês também conhecido como “pai da poesia inglesa”, desde cedo, devido à profissão do seu pai, teve contato com as principais culturas europeias. Aos 16 anos tornou-se pajem do filho de Edward III e ainda atuou como soldado na guerra dos cem anos. Na época foi preso e liberto por uma fiança paga pelo rei da França. Casou-se com a dama de companhia da rainha e esteve sempre em contato com a sociedade aristocrática da corte onde era responsável pelo entretenimento das damas e cavalheiros com suas conhecidas histórias. Em seus contos, Chaucer dá uma aparência mais moderna à sociedade do século XIV, misturando várias classes sociais em uma mesma história, com assuntos e temas avançados para a época retratada.
Muitos dos trabalhos de Chaucer destacam um humor sutil e sofisticado, na retratação de aspectos socioculturais tais como corrupção, insatisfação pelos fundamentos religiosos da época e principalmente a contradição de valores, por vezes em defesa da igualdade entre homens e mulheres e outrora pela autonomia da mulher no relacionamento. Destacam ainda entre outros temas: o poder do amor, a maldade, a morte, a velhice.
The Canterbury Tales