The beatles, a construção de um ícone pop
Rock’n’Royalty
Mesmo depois de mais de 40 anos do fim da banda, os Beatles continuam na mídia como se fossem o último suspiro indie da cena. Há muito marketing –bom marketing- por trás da marca Beatles. Uma das táticas para preservar sua mística é manter longos hiatos entre cada leva de lançamentos de produtos que recebem a grife.
Seu método é quase o mesmo que protege a Disney de cair no esquecimento. A empresa criada por Walt Disney costuma dar um intervalo de sete anos entre os lançamentos de novas versões de desenhos como Cinderela ou Branca de Neve. O mesmo faz os Beatles. Não há a possibilidade de enjoar do conglomerado cultural que se tornou a banda. Sempre que temos uma novidade sobre o FabFour, logo entramos em uma estiagem de conteúdo e ansiamos por novas cartas na manga que a Apple Corps. parece ter a cada novo pronunciamento. E é nesse momento em que os Beatles conseguem renovar constantemente sua legião de fãs.
Outro aspecto importante é o cuidado com que novos produtos são avaliados antes de serem lançados. Os ex-Beatles vivos, Paul McCartney e Ringo Starr, e as viúvas Olivia Harrison e Yoko Ono não permitem a inclusão de músicas da banda em coletâneas com outros artistas, e a marca não pode ser vinculada a campanhas comerciais de produtos que não os dos próprios Beatles. Também estão vetadas promoções com os discos da banda – até hoje eles são vendidos com preços de álbuns novos.
Em pesquisa feita pelo Pew Reserch Institute (especializado no comportamento humano) em agosto de 2009, os Beatles ficaram entre as quatro bandas favoritas por gente de todas as faixas etárias. Além de apontar em segundo lugar entre os ícones pop mais admirados por jovens entre 16 e 25 anos, logo atrás de Michael Jackson (devemos considerar que a pesquisa havia sido feita logo após a morte do Rei do Pop em Julho).
Mas como e porque os Beatles conseguem manter seu legado intacto que como uma herança, tem passado por