the aviator
O filme conta a história pessoal e profissional de Howard Hughes que foi pioneiro tanto na aviação quanto no cinema dos anos 30 (e chegou a ser considerado o homem mais rico do mundo) e que apesar das conquistas, teve momentos de insanidade devido a neurose obsessiva, que o acompanhou por toda a vida. O começo do filme mostra uma cena da infância de Hughes, onde sua mãe parece alertá-lo dos perigos de uma doença enquanto cuidadosamente lhe dá um banho, o diretor certamente quis reforçar que a neurose de Hughes começa por ‘influência’ de sua mãe. A proteção exagerada dessa mãe nos mostra que não houve a ‘barreira’ que o nome-do-pai deveria ter exercido nessa relação mãe-filho (segundo a teoria de Lacan). Com o pai não suficientemente simbolizado o sujeito neurótico é levado a, durante a vida, tentar pagar uma dívida, que restou de seu pai (não simbolizado) pois esta seria a única forma de sustentar o pai simbólico. A função paterna nesse caso, é falha. A próxima cena nos apresenta um jovem determinado e enigmático que se esforça para conseguir aperfeiçoar o filme que está produção (Hell’s Angels). Nesse meio tempo, ele reclama que alguns de seus empregados ainda lhe chama por ‘Junior’ e que ele quer ser chamado por ‘Mr. Hughes’, supõe-se que quando é chamado por Junior, há uma conexão com o seu falecido pai, o que o desagrada. O filme em questão só estreará anos depois, pois Hughes parece estar constantemente insatisfeito com detalhes da produção. No momento do Red Carpert do filme, pode-se perceber o desconforto com que Hughes atravessa a entrada do cinema, enquanto flashes desesperados tentam capturá-lo junto com uma famosa atriz da época, a expressão dele certamente não representa nem um pouco uma face feliz de quem acabara de lançar um filme revolucionário, pelo contrário.
Um dos acontecimentos mais marcantes do filme é quando Hughes vai ao encontro de Katherine Hepburn, uma atriz famosa da época a quem ele passa a cortejar. Fica bem