Tge - acquaviva

TEORIA GERAL DO ESTADO - ACQUAVIVA
Capítulo 2 – Sociedade e Estado
1) Fundamento da sociedade
Estado é a mais complexa das sociedades. Por vivermos em sociedade, nossas interações passam despercebidas, pouco valorizadas, e repetitivas. Mas, quando ficamos sozinhos, trancados, e privados do conforto tecnológico, nos damos conta da fraqueza humana contra o mundo natural. Por isso, Aristóteles considera o homem um ser social e comunicativo por natureza (zoon politikon). Santo Tomás de Aquino, seguindo o conceito de Aristóteles, considera que o homem só poderá viver sozinho em 3 hipóteses: em estado divino (graça concedida por deus); em estado doentio (leprosos na idade média, ou então, alienados); em caso de má sorte, azar (naufrágio, por exemplo).
Para Hobbes o Estado é uma consequência dos valores do homem, pois ele considera o ser humano, por aptidão natural, inclinado à destruição do próximo em busca da sobrevivência. Portanto, o Estado é uma necessidade, para agregar o homem, o protegendo do risco a vida que a natureza o oferece, isto é, o homem, por medo de morrer, vincula-se à vida comunitária.
Para Rousseau, o homem nasce livre, bom, e feliz, mas em todo lugar acha-se acorrentado. Isso porque para realizar seus objetivos o homem necessita de seus semelhantes, submetendo, assim, sua liberdade natural a uma liberdade civil. Cabe a lei, portanto, preservar a liberdade natural. *Rousseau inspirou a Revolução Francesa e o liberalismo
Rousseau e Hobbes tem uma semelhança ao estabelecerem que a relação entre o indivíduo e o Estado é por meio do contrato social. Divergindo, portanto, de Aristóteles e Tomas de Aquino, que acreditam que o Estado decorre de uma natural inclinação do ser humano.
A par disso, outra influência para a natural sociabilidade humana é a linguagem articulada, cuja finalidade é a comunicação.
2) Definição de sociedade
A definição da sociedade impõe, primeiramente, esclarecer o que é definir. Definir é revelar a essência do definido.