TG Estudos Disciplinares
Examinar a camada denotativa
Examinar a camada conotativa
Assinalar as “atmosferas” poéticas e as respectivas “palavra-chave”
Interpretar: organizar as atmosferas e as respectivas palavras-chaves segundo a sua importância. Qual a palavra predominante?
1) Como você interpreta a “reinvenção” da vida, proposta no refrão do poema pela autora?
O poema faz um paralelo entre a vida real e a vida ideal dos sonhos. Remete a ideia de que se viver a vida acreditando que se alcançará o perfeito, o superior, o transcendente (simbolizado pelo sol e pela Lua) é na verdade uma grande ilusão, porque a vida não é um viver de felicidade perfeita onde “o Sol passeia a mão dourada /pelas águas, pelas folhas...” num quadro que remete o equilíbrio, a paz, o perfeito. A efemeridade dos bens da vida “são bolhas” não passa de uma realidade recheada de miragens e enganos, uma grande ilusão. “Ah! tudo bolhas / que vem de fundas piscinas /de ilusionismo... — mais nada.”
Se vivemos a vida buscando seguir modelos e imitar padrões que ditam as regras do nosso viver (“Projeto-me por espaços cheios da tua figura”) tidos como referências ideais, (na figura da Lua), acreditando que esses modelos sejam capazes de livrar-nos facilmente das dificuldades inerentes do viver, (“Vem a lua, vem, retira / as algemas dos meus braços”), estaremos alienados, vivendo uma grande mentira, pois essa vida perfeita não existe. (“Tudo mentira! Mentira da lua, na noite escura”). A realidade é uma vida sem milagres ou receitas mágicas, é dura e nos encontramos sozinhos. (“Só – na treva”). Portando, essa vida tranquila e perfeita, inventada de modelos exemplares são inatingíveis (“não te encontro, não te alcanço”). Essa vida não é possível de se viver. Se vivemos buscando a efemeridade da vida, estaremos alienados a uma vida vazia e de solidão. Se é esse o modelo de viver que temos, é preciso reinventá-lo para que a vida tenha um outro sentido. Reinventar a vida é