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“Se dizem que é impossível, eu digo: é necessário! Se dizem que estou louco fazendo tudo ao contrário, eu digo que é preciso, eu preciso, é necessário seguir viagem tirar os pés da terra firme...”. Já diria a música “Seguir Viagem”, da banda Engenheiros do Hawaí, é preciso seguir viagem, conhecer novos ares, mas será que vale a pena ser um migrante? Desde os Homo erectus, essa atividade é executada com vários objetivos distintos, sejam eles econômicos, religiosos ou até mesmo por amor.
No Brasil, as primeiras migrações foram feitas pelos europeus. Com o fim do ciclo da cana-de-açúcar no nordeste, a próxima parada seria em Minas Gerais, para procurar ouro. As viagens e as explorações não cessariam por aí, e Amazonas e São Paulo entrariam na roda. O principal fato até hoje de uma grande migração no território tupiniquim é a economia.
A falta de emprego na zona rural provocam um outro fenômeno, o êxodo rural, a migração em massa do campo para a cidade. A dificuldade encontrada nas novas cidades, a saudade de casa, a procura por um novo mundo, são obstáculos que as pessoas encontram ao mudar para a “cidade grande”.
Atendimento na rodoviária de Belo Horizonte
Pessoas que deixam seus municípios de origem para buscar melhores condições de vida em Belo Horizonte podem receber a assistência do Plantão Social de Atendimento ao Migrante da Rodoviária. O serviço auxilia os migrantes em situação de vulnerabilidade social ou aqueles que precisam de orientações quando desembarcam na capital. Segundo a assistente social Desirê Mourão, que coordena o plantão, a procura maior é por passagens e abrigo.
De janeiro a agosto deste ano, o serviço prestou 4167 atendimentos, uma média de 650 por dia. Muitos aproveitaram a concessão de passagens (936) e voltaram pra casa ou viajaram novamente para migrar, outros 988 encaminhamentos para abrigos da cidade, 218 kits de fotografia, 353 kits de lanches para viagem, 187 declarações