TFC 2 Betado

Somente Pensar

Era começo de noite quando decidi ir para casa. Depois de tantas gargalhadas que dei naquele final de tarde, senti cansada. Victor desceu a pedra antes de mim, eu ainda fiquei para observar o anoitecer e é claro, as estrelas.
¶Enquanto caminhava até o meu casebre na vila, penso no que ele me disse.
¶“
Será mesmo que sou tão antissociável?”. ¶ Chega de pensar nessas coisas.
Victor está querendo me ridicularizar, e se isso for verdade, nunca irei perdo-lo.
¶Chego ao casebre ma pequena casa de paredes de barro, teto de palha e folhas seca, apenas quatro cômodos: dois quartos, uma cozinha e o banheiro.
Abro à porta e tiro as botas sujas de poeira e o manto. Adentro um pouco mais e percebo que meu pai está na cozinha de onde sai um aroma delicioso. Sopa de beterraba. ¶Os alimentos na vila são escassos, o sol escaldante não ameniza nunca algumas frutas e legumes não suportam o calor intenso e acabam não frutificando. Quase não comemos carne ão há comida nem para as pessoas, imagine para os animais. Vivemos a base de raízes, frutas, mel e só em ocasiões especiais carne. Esse cardápio variado serve para todos, nem mesmo
Governador come uma refeição farta.
¶Entro na cozinha em busca de comida. Meu pai que está a cortar as beterrabas. Dá um tapa em minha mão quando tento roubá-las.
— Fica o final da tarde toda fora de casa e quando chega quer roubas as minhas beterrabas?! — diz o meu pai numa voz engraçada.
— Sabe como é né?! — digo encostando-me à pequena mesa quadrada de madeira. — Atirar facas me abre o apetite.
— Como se governar uma multidão não abrisse — retrucou ele.
Risos pairavam sobre o ambiente eu pai e eu somos uma dupla perfeita.
Assim que o jantar ficou pronto, nós nos sentamo-nos à mesa para comer.
— Me contaomo foi o seu dia? — perguntou.
— Ah... uase perdi a hora na fonte, uns garotos da nova turma me chatearam, Victor me deu péssimos conselhos e... Bom, foi só isso. — ei de ombros colocando uma colherada de sopa em minha boca.
— Hum. Eu