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Introdução:
Ao longo da história, se percebe a criança como um ser diferente do adulto, diferenciado pela idade e pelos comportamentos característicos. O limite entre criança e adulto é complexo e está associado à cultura, ao momento histórico e aos papéis determinados pela sociedade. Papéis que dependem da classe social, econômica e cultural em que a criança e a família estão inseridas. A partir da Constituição de 1988, a Educação Infantil é incluída na política educacional, seguindo uma concepção pedagógica que percebe a criança como um ser social, histórico e pertencente a uma sociedade voltada para os padrões culturais. Somente em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que a Educação Infantil passa a ser conceituada como destinada às crianças de até 6 anos de idade, com a finalidade de complementar a ação da família e da comunidade, objetivando o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais.
Desta forma, se percebe que a Educação Infantil, nos últimos anos, vem passando por muitas transformações e, também por muitos desafios que são difíceis de serem resolvidos em curto prazo, principalmente, no que diz respeito às mudanças de paradigmas, crenças e concepções. O primeiro passo para se superar essa situação é criar meios para um melhor financiamento da educação das crianças de 0 a 6 anos, garantindo a igualdade de atendimento e permanência nas instituições educacionais, assim como o direito a uma educação de qualidade voltada para o desenvolvimento integral das habilidades motoras, cognitivas e sociais.
1 - Concepções de Infância
A criança na França
Na França, mais precisamente na Idade Média, o sentimento de infância não existia. A criança era tratada como um adulto em miniatura. Ingressavam as crianças no mundo adulto