Textos e crises
O medo se espalhou pelo mundo quando o mercado de crédito norte americano declarou que não mais conseguiria arcar com o saldo negativo dos investimentos imobiliários no ano de 2007, em decorrência da elevação da inadimplência e da desvalorização dos imóveis e dos ativos financeiros associados às hipotecas americanas de alto risco (subprime). A partir de então o mundo começou a presenciar a queda das bolsas e desvalorização das ações em todos os continentes a cada novo evento durante a crise mundial, como foi o caso, por exemplo, da falência do banco Lehman Brothers em setembro de 2008.
Ao mesmo tempo em que no Brasil a Bolsa de Valores de São Paulo acabara de passar por uma fusão com a Bolsa de Mercadorias & Futuros, que a tornaria a terceira maior Bolsa do mundo em volume de negócios, e o bom desempenho dos papeis brasileiros a faria atingir números históricos em maio de 2008; a economia global traria as consequências do baixo controle nas operações de crédito no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Este quadro passou a ser presente no Brasil a parir do mês de maio de 2008, quando investidores externos passaram a retirar capital do mercado financeiro brasileiro.
O presente trabalho buscará realizar uma análise do comportamento das ações de maior relevância no Índice Bovespa, a fim de verificar qual o real impacto no mercado de capitais brasileiro. Para tanto se fará um acompanhamento das citadas ações e como elas reagiram frente aos principais fatos da chamada crise. Em um primeiro momento será feita uma análise da bibliografia de apoio para que seja possível entender como é o funcionamento do mercado de capitais, e o que realmente foi à chamada crise econômica mundial, origens, impactos e formas de contenção. Para aprofundar nos números serão utilizadas as cotações das ações já mencionadas durante o ano de 2008, bem como dos números do