Textos aleatórios

Um dia nós percebemos que somos como uma folha: leves e apenas com um sopro podemos ser levados para longe, a vida é assim. Não importa os planos que nós façamos, sempre ocorrerá um imprevisto. Não era justo comigo, não era justo com a minha irmã, mas sim, depois de um acidente, acordei órfã, como se fosse filha de chocadeira, sem pais, apenas com um tio.

E então você abre os olhos e vê quanto tempo perdeu. Vê-se perdida e sem rumo, sem nada. Mas se a morte não existisse, não saberíamos o que é viver, é simplesmente assim: nós nascemos para morrer.

EP 1
Tudo começou com um dia feliz. Era meu aniversário, de sete anos, para ser mais precisa. E eu estava muito feliz. Eu e minhas amigas planejamos uma festa do pijama, fomos para a casa da Lucy e comemoramos meus sete anos, me lembro de estar se sentindo adulta. Não sei o motivo, não me lembro, exatamente. Só sei que me assustei com algo, chamei meus pais para me buscarem, e então foi num minuto.

[...]

Nunca pensei muito no que iria acontecer numa manhã de novembro, após uma tarde quase-perfeita entre amigas. Tempo, tudo se resume a ele. O tempo acelera sua vida para te aproximar da morte, claro que ele as vezes tenta adiantar, levando entes queridos, causando tristeza, as vezes felicidade, e, quase sempre... Acidentes.

— Me devolva! — Olhei com raiva para Lindsey, que apenas me ignorou ainda brincando com á boneca.

— Não.

— Pare de tolices, Lindsey. Me dê a boneca.

— Venha pegar, Elizabeth — Lindsey falou, debochada.

Mamãe não gostava dessas discussões, após um momento depois de ela virar, sua cabeça para brigar conosco, algo aconteceu. Estávamos perto de casa, logo que atravessássemos a ponte chegaríamos a nossa cidade. A ponte foi construída acima de um rio, atraía algumas pessoas por causa da bela vista, já que quando o sol descia dava para ver apenas um infinito alaranjado.

Logo que a gente chegasse em casa, teríamos uma noite da pizza e mamãe me daria um beijo de boa noite