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Dilma entrou no jogo
PAULO VINÍCIUS COELHO Folha
O texto da Medida Provisória de refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes está pronto e é duro
A Medida Provisória que permitirá o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes esteve nas mãos do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no meio da semana passada. O texto está pronto e é duro. Nada a ver com o que queriam os dirigentes em janeiro. Os clubes terão seus débitos refinanciados, mas não para agraciar cartolas. Será para fazer o futebol ter benefícios e compromissos iguais aos de qualquer outro setor da economia. O futebol tem de pagar imposto e gerar emprego. Fará isso em muito maior escala se o desempenho de sua atividade econômica funcionar na medida de seu potencial. Para não beneficiar os cartolas e perder a chance de promover a revolução, a presidenta Dilma vetou a lei em janeiro.
Com a nova MP redigida e mais severa, exigindo contrapartidas de clubes e dirigentes, e para criar o compromisso do mundo do futebol de fazê-lo ser indústria como na Inglaterra e na Espanha, Dilma vai assiná-la na primeira quinzena de março. Entre as mudanças, a nova MP traz a exigência de períodos máximos de mandatos em entidades esportivas --clubes ou federações-- independentemente de receberem ou não verba pública. A partir da publicação da MP, os clubes terão tempo exíguo para aderir. Uma vez refinanciada a dívida, não tem volta. Tem de pagar o imposto novo e o imposto velho. Sonegação é crime no setor automobilístico e naval, na indústria, no comércio... No futebol, também, como ficou claro com o processo contra Andres Sanchez, Roberto de Andrade, André Luiz de Oliveira e Raul Corrêa da Silva por não pagarem tributos do Corinthians. A questão não é beneficiar o futebol. É dar dinheiro ao país. Assim como já aconteceu com universidades, bancos e até os governos estaduais, dar fôlego para pagar dívidas passadas significa fazer o Brasil arrecadar mais. Você paga e eu também!
Se o futebol funcionar, se tiver

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