Texto
De acordo com Coggiola (2010), o Manifesto foi encomendado a Marx em novembro de 1847 por ocasião do Congresso da Liga dos Justos, posteriormente chamada de a Liga dos Comunistas, quando havia uma expectativa da eclosão de uma revolução na Europa. O manifesto seria então adotado como o programa da Liga dos Comunistas.
Nele os autores realizam um percurso interessante para apresentar as teses a respeito do antagonismo das classes na sociedade capitalista, valendo-se do método materialista histórico para demonstrar a formação das classes antagônicas burguesia e proletariado e o papel que as mesmas cumpriram ao longo do desenvolvimento do modo de produção capitalista. Destacam as análises dos Comunistas sobre aspectos da sociedade capitalista e as proposições destes para suprimir a sociedade de classes, dialogando com as críticas feitas pela burguesia aos comunistas e apresentando críticas a várias correntes de socialistas da época. O texto é provocante e sarcástico, na forma própria de os autores escreverem, e estimula a organização do proletariado para realizarem a revolução comunista em todo o mundo.
Iniciam o texto com a frase marcante “Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo”, apontando a conjuntura política complexa e agitada na qual os opositores ao modo de produção capitalista eram perseguidos e criticados de diversas formas e da “satanização” do termo “comunista” para aqueles que se opunham à ordem instaurada.
Dessa premissa, os autores concluem que: 1) o comunismo já fora reconhecido como força por potências da Europa e 2) há a necessidade de exposição das ideias, dos objetivos e das tendências dos comunistas com vistas a se contrapor a lenda do “espectro do comunismo”.
No primeiro capítulo, os autores trazem a