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Atualmente 95% de nossas crianças em idade escolar estão matriculadas no ensino fundamental. No entanto, este significativo avanço de inclusão de alunos matriculados na escola básica não vem acompanhado com a melhora da qualidade do ensino. Pelo contrário, os baixos salários, a não qualificação continuada do corpo docente, as péssimas condições de trabalho e de estudo e a falta de uma política educacional por parte do Estado brasileiro, são fatores desestimulantes ao processo de ensino/aprendizagem que o país necessita. Com isso há uma brutal evasão escolar.
Tanto que apenas 9% dos jovens entre 18 e 24 anos conseguem chegar à universidade, percentagem preocupante se comparada com outros países da América Latina. Dos alunos matriculados no ensino superior apenas 2% estão estudando em uma instituição pública, o que torna o sistema ainda mais excludente.
Estudos do professor José Jorge de Carvalho, do Departamento de Antropologia da UNB, demonstra outro lado desta exclusão perversa: 97% dos atuais universitários brasileiros são brancos, contra 2% de negros e 1% de amarelos. O desequilíbrio, num país em que 45% da população é negra, deixa claro que são necessárias medidas urgentes para inserção do negro no ensino superior.
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