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A saúde mental vai se construir em um local que não existe. A OMS traz a ideia de saúde baseada no termo: biopsicossocial, ser saudável estaria ancorado em três aspectos: biológico, psíquico e social, mas, não há garantia, não há harmonia. A organização do sujeito é garantida pelo sinthoma trazido por Lacan, este é uma reparação, mas só se repara um erro, um lapso, ou seja, o sinthoma é a constatação de que o mental é doente, o sujeito é barrado é isso que da base pra dizer que a saúde mental não existe, porque se a reparação a um erro e se a erro não há harmonia. A saúde mental é uma ficção, ela tem haver desde sempre com o discurso do mestre e sempre foi assunto de governo. Se ela fosse uma verdade não haveria burocracia porque existiria ordem e não um discurso de pluralidades como vemos hoje.
Desde quando a loucura começou a incomodar a sociedade começou a enclausurar no local onde estavam os leprosos, neste momento o mental passou a ser uma politica de estado, o domínio da parte racional da alma adquire hoje forma de discurso da ciência, o ideal de saúde mental é harmonizar o homem com o mundo contemporâneo, dedicada a combater e reduzir o mal estar da cultura. No termo biopsicossocial esta localizada a ideia de que o sujeito tem o dever da inclusão, do igual para todos. Essa é a grande diferença a do cidadão ideal para a exigência do discurso analítico a singularidade o um a um isso se faz harmônico com o discurso analítico, pois o que existe é apenas o um sozinho mais nada. Neste contexto se existe alguma clínica possível seria a clinica que traz esse um sozinho, a clínica do corpo este corpo que não fala, mas, que serve para falar, que está na resolução de todos os problemas do desejo. Há sempre um resto com o sintoma por isso não a fim para uma analise, não é fácil a quebra para a repetição, é preciso fazer com que apareça o que é do sujeito, que se busque a reparação dos laços sociais fragilizados.
O outro é um corpo simbólico construído de