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A Curiosidade
Estava eu sentado em frente de um papel sem saber o que escrever, minha mente estava tão vazia mais quanto o papel que estava a minha frente. Nesse momento escrever trinta linhas era algo quase impossível, não queria fazer nada além de terminar meu livro. Não conseguia me concentrar para escrever nada, a curiosidade de saber o que aconteceria nas próximas paginas era maior, era como se o livro tivesse uma força de atração sobre mim, como se ele fosse a única coisa que existisse no momento. Todas as minhas ideias estavam voltados ao livro.
Por algumas vezes me deixei cair na tentação de ler um paragrafo até que algo de útil viesse a tona, mas ler um paragrafo não saciava a minha sede de saber o que aconteceria. Então me deixei ser seduzido pelo livro e cai em uma leitura tao profunda quanto em um poço artesiano. Deixei meus afazeres para depois e no momento o que me interessava era o livro, ele me atraia tanto quanto um imã sobre o metal.
Meus olhos estavam pregados nas ultimas paginas, a curiosidade aumentava a cada paragrafo que lia. Tudo que estava a minha volta ia sumindo, os sons, as pessoas, os objetos. A única coisa que sabia que estava comigo era o livro. Terminado o ultimo paragrafo percebi que havia perdido a noção das horas, peguei meu celular e olhei, era onze horas da noite, tomei um susto e percebi que as horas tinham passado voando.
Olhei pela janela, o céu estava muito escuro, sem estrelas, somente a lua que mal dava para ver, estava minguante, por um momento parecia que a lua sorria no meio daquela enorme escuridão. Alua solitária, sem nenhuma estrela ao redor.
Olhava para aquele céu escuro sem nenhuma luz. A lua havia sumindo entre as nuvens, a única luz que via era da janela do vizinho, que se tornara uma nova estrela entre aquela escuridão. Mas não demorou muito e a nova estrela havia apagado.
Ao sair da janela percebi que minha mente estava cheia de ideias prontas a serem exploradas. Peguei o papel e linha a linha ia