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O romance O Cortiço, produzido por Aluísio de Azevedo, é a fundamental obra do Naturalismo brasileiro. Através dela o autor traz representações fiéis da ocasião, a qual retrata o Brasil no final do Segundo Reinado, recriando a realidade dos cortiços e a sociedade que o compõe. Assim, O Cortiço é uma obra carregada de características do Naturalismo, entre as quais daremos ênfase ao quadro de cientificismo explorado na narrativa por meio da organização social, diferenças entre espécie, escravidão, mestiçagem e prostituição.A obra traz, de forma evidente, teorias, a exemplo da Teoria determinista que explica como o homem é entusiasmado pelo meio em que vive; a Teoria Darwinista, que diz que somente os mais adaptados conseguem sobreviver; Teoria da evolução espontânea, a qual explica o crescimento desordenado e a teoria do Zoomorfismo, que traz a comparação do homem como animal. Essas visões científicas permeiam a obra do início ao fim, por meio de confusão de interesses, compreendidos como parte da natureza humana. Percebe-se que o autor apropria-se das teorias para esclarecer os acontecimentos ao transcorrer da narrativa, esclarecendo as influências de comportamento e caráter que o individuo padece, de acordo com o lugar e o contexto histórico em que está imbuído, tornando-se produto do meio.
O CORTIÇO: OBRA CARREGADA DE CARACTERÍSTICAS DO NATURALISMO Juciara Luis dos Anjos
O Cortiço é um romance de Aluisio de Azevedo, publicado em 1990. Esse romance descreve uma habitação coletiva repleta de pessoas de baixa renda, na cidade do rio de janeiro, Baixada Fluminense. O narrador é onisciente, em terceira pessoa. As personagens são tipificadas, caricatas, na há protagonistas, salvo o próprio cortiço, que na ausência de uma personagem de maior relevância, toma este posto sem concorrência. Essa obra é reconhecida como naturalista.
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