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Tomar o poder, de qualquer forma, a qualquer custo, de qualquer jeito. E se para alguns o poder está diretamente ligado com cargos eletivos ou autoridades, para outros basta que lhe deem algum crédito ou alguma atenção. O Poder leva o ser humano a obsessão. E quanto mais vai chegando perto, mais vai sendo seduzido e tornando-se cego.
Então chega ao Poder e já completamente inebriado pelo gosto doce desse Poder, começa a crer que nada mais poderá acontecer com ele. Que é eterno, que seu lugar está garantido. E tomando isso por base passa a tomar decisões e não levar em consideração as pessoas que sempre auxiliaram ou ajudaram ele a chegar onde chegou. Esse momento deve ser o auge da solidão de uma pessoa.
Não me refiro a solidão boa, mas a solidão que isola o indivíduo com uma camada de chumbo. Como se estivesse blindado e deslocado do universo.
Quando não se escuta mais nem o silêncio dos outros, é o momento em que se está mais exposto e sem rede de proteção. Pois a atenção em si mesmo o faz esquecer tudo que lhe cerca. E para quem não está atento, vale lembrar que sempre tem alguém querendo o tal lugar. O destaque. E que não medirá esforços para chegar onde o Poder permite chegar.
Nessa ordem da existência humana, onde o Poder é o que importa e cabeças são apenas degraus, vivem muitas pessoas... algumas já foram boas, mas se deixaram