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• Bourdieu nasceu em 1930 e morreu em 2002. Nasceu em, Denguin, uma província dos Pirineus-Atlântico, oeste da França, uma região que colocava seus habitantes, nos anos 50 e 60, quando estes chegavam a Paris, em uma situação semelhante aos que se originavam das colônias.
• Fez seus estudos superiores em filosofia, em Paris e então, a partir daí teve que realizar algumas rupturas para satisfazer às exigências da instituição escolar. A primeira delas foi o abandono do sotaque e de muitas experiências adquiridas nos primeiros anos de vida. As suas origens o colocavam em uma situação de exterioridade objetiva e subjetiva com as instituições centrais da sociedade francesa, principalmente com o mundo intelectual. Bourdieu se considerava alvo de racismo social e, esse dado fez despertar nele certo tipo de lucidez relativa às estruturas da sociedade e aos processos sociais.
• Estabelece também rupturas com as correntes intelectuais dominantes nos anos 50, no campo da filosofia – dominava a fenomenologia, uma filosofia subjetivista que considera o fenômeno, isto é, aquilo que aparece para a consciência do sujeito, como a única realidade cognoscível. Bourdieu afasta-se para analisar a sociedade e o que nem sempre está consciente para os atores sociais. Desta forma vai tornando-se um sociólogo.
• Por último estabelece rupturas com o marxismo clássico e com aspectos da sociologia de Weber. No entanto esclarece, em muitos de seus escritos que o que pretende é consolidar conhecimentos dessas duas correntes sociológicas e repatriá-los, sem riscos de ingenuidade e simplificações das ideias.
• Sua contribuição teórica se articula em torno de dois temas