Texto E Discurso
- Retomando ao conceito de texto
Ao nos sentirmos questionados acerca do conceito que se aplica ao texto, porventura não hesitaremos em afirmar que se trata de uma unidade linguística, podendo essa ser materializada por meio de uma linguagem verbal ou não verbal. Partindo desse pressuposto, não se torna nem um pouco descabido apontarmos como exemplo de texto uma simples placa de trânsito, por exemplo. Sim, apesar de não conter elementos verbais, enquanto usuários do sistema linguístico, temos condições o suficiente de decifrá-la.
Assim, a título de conceituarmos a palavra “texto”, vale mencionar que se afirma por uma unidade linguística, uma vez materializada (por isso, concreta), a qual se traduz por meio da fala ou por meio da escrita, dotada, pois, de uma intencionalidade comunicativa, de uma intenção por meio da relação enunciador/enunciatário.
*COMPLEMENTAR
O DISCURSO
Nas interações comunicativas que realizamos na/pela linguagem, em diversas atividades e situações do cotidiano social, construímos e trocamos sentido(s). Ou seja, agimos discursivamente em eventos enunciativos situados, com vistas à consecução de determinado(s) objetivo(s). Isso nos leva então a conceber o discurso como a produção e o intercâmbio de efeitos de sentido, num dado contexto de interação social, orientados para certa finalidade.
- Relação texto-discurso:
No entanto, um texto não se faz apenas de aspectos materiais, os quais se representam, como antes dito, pela oralidade ou pela escrita. Ele, porém, constitui-se de outro aspecto, tão importante quanto necessário, chamado discurso. Ele, por sua vez, não tão palpável assim, engloba outros aspectos, os quais, muitas vezes, somente se tornam perceptíveis por meio das inferências, que também representam uma habilidade indispensável a todos nós imersos na condição de interlocutores. Assim, para tornar um pouco mais claro tal afirmação, analisemos uma tira, cuja autoria é de Quino, famoso criador da personagem Mafalda: