TEXTO A O SOCIAL
As principais teorias sociológicas do século XXI destacaram o estudo das manifestações coletivas como o ponto chave para se entender uma sociedade. O positivista Durkheim focou seus estudos na análise dos fatos sociais, enquanto o materialista histórico Marx destacou a questão das classes sociais. Weber, mais uma vez, seguiu um caminho diferente das duas grandes teorias.
Não que Weber não estivesse interessado em compreender manifestações coletivas, mas, segundo ele, essas manifestações têm origem nas ações individuais. Nesse sentido, seu grande objetivo era a compreensão da sociedade a partir daquele que lhe dá sentido, ou seja, o homem. Só a partir da análise do micro poderíamos, de acordo com sua perspectiva, compreender o macro.
A lógica que Weber seguia era a seguinte: se meu objetivo é compreender, por exemplo, o papel de uma escola em uma comunidade, é necessário que eu compreenda as ações daqueles que formam essa escola, ou seja, daqueles que a fazem funcionar.
Com isso, Weber se junta a outros pensadores de sua época, como Sigmund Freud (1856-1939), e devolve ao homem o papel de indivíduo e de agente social. Esse indivíduo deixa de ser um ser passivo e transforma-se no ator principal do cenário social; ele se transforma em fonte de conhecimento.
Assim, além de sua perspectiva histórica, a sociologia weberiana apresenta outra inovação, a saber: um novo objeto de estudo sociológico. Esse objeto de estudo seriam as ações sociais. Podemos dizer que ação social é toda ação cujo sentido subjetivamente pensado pelo ator social, ou seja, pelo indivíduo, faz referência a outro indivíduo ou grupo. Vejamos essas características de maneira mais detalhada:
• Toda ação social é dotada de um sentido. Ela é intencional e, portanto, não se confunde com um reflexo; • Esse sentido é construído de maneira subjetiva pelo próprio agente da ação. Não é a sociedade que o impõe, é o indivíduo que escolhe agir