Texto Visual
“Imagem é tudo”, apregoa o comercial de TV. Realmente, estamos vivendo intensamente a era do visual. Cada vez mais percebemos o mundo por meio de imagens, ícones, símbolos, gráficos e desenhos. Cada vez mais a linguagem escrita, tradicional e linear como a conhecemos, comunicadora de práticas sociais através dos mais variados tipos de discursos, cede espaço para a ‘mensagem-imagem’ – é a imagem criando/reproduzindo/comunicando valores, crenças e ideologias. Kress
(2000, p.158-159) chama a atenção para o fato de que os multiletramentos que compõem nossa vida contemporânea exigem sistemas semióticos multimodais que contemplem o potencial de todos os modos representacionais e comunicativos em culturas particulares (...). Uma nova teoria semiótica terá que reconhecer e considerar os processos sinestésicos, a transferência de significado de um modo semiótico para outro modo semiótico, uma atividade constantemente desempenhada pelo cérebro. [Minha tradução].
Aliado a tal contexto some-se a característica típica de nossa sociedade contemporânea, qual seja a do imediatismo lúdico-hedonista. Cada vez mais sentimos a urgência do olhar como fonte voyerística de prazer: é preciso digerir imagens rapidamente, consumir mensagens consubstanciadas em símbolos de internalização muitas vezes efêmera e de alta volatilidade disponíveis na TV, na Internet, nos jornais, etc. De que forma podemos utilizar esse contexto para o desenvolvimento de um letramento visual positivo e