Texto sobre o livro “Impérios da Comunicação”, de Tim Wu.
O recente trabalho de Tim Wu, “Impérios da Comunicação”, lançado em 2012, traça um panorama histórico detalhado da chegada das novas tecnologias de comunicação no mundo. O autor partindo de uma tese que os processos de entrada de novas tecnologias respeitam ciclos e afirmando que a aparente diversidade e liberdade que as novas tecnologias propõem levam a um novo monopólio. Conceituado jurista da Escola de Columbia, Wu explica em detalhes o setor, com destaque para as tramas de bastidores que levam a uma regulação ou a uma falta dela. Esse cenário daria brechas e possibilidades de acordos, parcerias e articulações que, se não ilegais, não se orientavam pela responsabilidade social ou por um sentido de comunidade, mas pelo lucro, alinhando o mercado da comunicação com qualquer outro, sem levar em consideração as consequências que essa opção pode gerar.
Este trabalho se concentra nas partes III, IV e V do texto, quando Wu insere a chegada da internet e da TV a cabo nesta história. Porém, mais do que contar a história da chegada da internet, o autor pretende estudar as diferenças e semelhanças da chegada desta nova tecnologia quanto comparada a tantas outras que tiveram impactos econômicos e culturais e modificaram formas de agir, pensar e negociar, como o rádio, a televisão e o telefone, tratados nos capítulos anteriores da obra.
O autor inicia esta parte do texto destacando a AT&T (American Telephone and Telegraph) e o seu desmantelamento em pequenas empresas, conhecidas como Baby Bells, a partir da ideia da FCC (antiga aliada da AT&T) de que a concorrência deveria vigorar nos serviços telefônicos. O desmembramento da empresa em pequenas partes e a entrada de novos concorrentes nos serviços telefônicos gerou uma leva de novos produtos nas áreas de computação, telefonia e informação em geral.
Wu também destaca a tentativa, sem sucesso, da criação de uma linguagem universal, o