Texto sobre o filme A Onda
A trama é bem simples, em uma cidade alemã, um professor deve dar um curso de uma semana sobre autocracia. Inicia o debate com os alunos e, ao ser mencionado o III Reich como um exemplo de regime autocrático, ocorre uma discussão sobre o tema que envolve conceitos como culpa, responsabilidade e entre os quais está a “certeza” de que isso não poderia acontecer mais na Alemanha e que por este motivo estudar novamente o III Reich, buscar suas explicações e motivações não teria sentido.
Vendo isto, o professor resolve fazer uma espécie de experimento social sem contar aos alunos que eles serão suas “cobaias”. Primeiramente, faz com que um líder seja eleito, ele próprio, e implanta na sala uma rígida disciplina, dizendo que “disciplina é poder”; posteriormente, faz com que alunos com notas melhores sentem-se com aqueles que tiravam notas piores, para aumentar a união e eficiência do grupo – desfazendo panelinhas e grupos; sugere que as pessoas uniformizem-se – jeans e camiseta branca – para que haja uma homogeneidade no grupo. À primeira vista, alguns não concordam; todavia, a maioria acaba vendo os atos como positivos, pois se veem como uma unidade forte que lhes confere uma identidade. Os que não seguem as regras são menosprezados e banidos – sofrem represálias, inclusive físicas.
Não quero contar o final do filme, mas as ações do grupo tornam-se cada vez mais extremistas e violentas, gerando atos perigosos para a integridade física e mental de seus próprios membros e também de “opositores”. O filme é muito instrutivo no sentido de mostrar como, sim, seria possível a volta de um sistema autocrático em uma sociedade educada e inteligente. Basta que haja algumas condições como insatisfação social e econômica, um líder carismático, um inimigo comum, neste caso a turma de estudos do anarquismo, entre outros fatores.
Juntando outros conceitos da Nova História, podemos entender que a História