Texto sobre cargos e salários
3.1 Preliminares A atividade de cargos e salários (C&S) é apresentada aqui pensando em foco estratégico. Segundo Wood Jr. e Picarelli Filho (1996), a questão central é transformar a visão usual da remuneração como fator de custo para uma visão da remuneração como fator de aperfeiçoamento da organização e também como impulsionador de processos de melhoria e aumento de competitividade. Deste modo, os autores complementam tal enfoque, ao mencionarem que a política de remuneração de uma organização representa um conjunto de diferentes formas de recompensa que se complementam e buscam alinhar atitudes e comportamentos com os objetivos organizacionais. E vale acrescentar que o foco estratégico, principalmente na atividade de cargos e salários (C&S), inclui com enorme ênfase uma relação direta com a otimização dos resultados globais da organização. No passado, não tão distante, o esforço era o de saber qual o disponível para os eventuais ajustes salariais e para cumprimento de decisões judicial-trabalhistas. Na época, o gerente de RH tinha essa preocupação, já que não queria propor algo que levasse a empresa a ter reflexos negativos na sua lucratividade, ou seja, sua relação com os negócios da empresa era nesse nível. Como propõem alguns autores (e nos incluímos), o gestor (estratégico) de pessoas tem de estar focado na perfeita relação entre pessoas e as atividades-fim da organização. E voltando às formas de remuneração: as diferentes formas estão relacionadas com diversos aspectos, como por exemplo, a cultura organizacional, os objetivos e o perfil das pessoas da organização, além são claro de considerações anteriores. Sendo assim, as pessoas, ao procurarem um trabalho remunerado, normalmente fazem a seguinte associação: será que a função a ser desempenhada primeiramente é condizente com as atividades solicitadas e, posteriormente, vale a remuneração mencionada? Mas você já pensou que muitas pessoas desenvolvem atividades